quarta-feira, 14 de outubro de 2015

EULA PAULA - Uma vida na obra missionária



Eula Paula Ferreira Araújo, mais conhecida como Eula Paula, nasceu em novembro de 1961, é uma cantora de gênero inicialmente pop ate a primeira metade da década de 90, e depois ingressando no estilo pentecostal até o ultimo disco. Nossa amada Eula Paula nasceu no interior do sertão Piauiense vindo de uma familia humilde de 11 filhos da dona Maria e do seu Manoel Ferreira, desde cedo mostrava aptidões pra musica e junto com suas irmãs Itagira, Altair e Ivete começaram a cantar em igrejas locais quando surgiu o primeiro compacto em 1976 intitulado Amor infinito pela Melodia Divinal, ali nascia uma grande estrela da musica gospel nos anos seguintes, Eula por ser a soprano condutora do grupo, sempre se destacava, solando, em duetos, trios ou em quarteto mesmo, todas as musicas. Já com um novo contrato pela Califórnia era lançado o primeiro LP oficial do Quarteto Harmonia Celeste - Quando no céu chegar em 1978, ja no ano seguinte além do segundo LP do grupo lançado elas conheceram Jorge Araújo, importante nome na época e presidente de uma gravadora que buscava cantores para o cast, num desses eventos e congressos em igrejas ele conheceu Eula Paula, onde começaram a namorar, na época ela não tinha muito controle sobre sua direção musical, sobre como conduzir sua carreira dentro do Quarteto. 
A virada da década pra de 80, Califórnia vendo o potencial dela no grupo com sua voz, ofereceu o projeto em solo do relançamento do compacto Amor infinito feito em LP com adição de novas canções, e assim foi feito com os vocais em todas as musicas em quarteto e a voz dela principal, isso gerou um certo desconforto entre as irmãs pois no contrato original seria relançado o compacto em quarteto e não apenas com a Eula, mas a diretoria da gravadora voltou atras, essa foi a primeira desavença dentro do grupo califórnia. No final de 1980 precisamente no mês de outubro, ela e Jorge Araújo se casam e tiram várias fotos desses momentos únicos em tempos também de namoro que vai parar como recortes misturados no álbum dele Muito obrigado de 82.
Eula Paula continuava um pouco insatisfeita com os rumos que a Califórnia estava exercendo sobre ela e resolveu reincindiu o contrato de carreira solo com eles e ir pra gravadora aonde estava seu marido na Louvores do coração, paralelamente continuaria com o quarteto ainda na antiga gravadora muito a contra gosto.
Eula sempre foi muito intensa e se dedicava intensamente as muitas gravações, em carreira solo, nos álbuns do marido, com as irmãs no quarteto e também com um novo conjunto que surgia em meados de 82, o Nova geração inclusive onde o Nani Azevedo permaneceu durante um bom tempo.
Com um novo disco pronto ainda em 82 e ja pela nova gravadora surge no cenário um de seus maiores sucesso lembrados até hoje: Rosa Vermelha, disco simples com uma melodia cativante toda trabalhada no violão, a canção de trabalho foi um baque nas rádios por ser regravação do Luiz de Carvalho, conquistou o país, outras canções como Silêncio, Jó homem fiel (regravação de uma canção do Jorge em 76 para um compacto) e a melancólica Deus existe, fechou o ano com chave de ouro. Naquela época os contratos eram por obra e não por tempo de permanência salvo a Califórnia, assim Eula tinha contrato simultaneamente com duas gravadoras de renome.
seguiu-se os anos, vieram vários LP's de sucessos como Amor sinto em mim (1984) ainda na Louvores do coração, Gólgota (1986) pela Djanir e um dos maiores sucessos  de carreira foi a canção titulo, ficando atras apenas de Rosa vermelha, O ultimo culto (1987) pela RDE, Visão missionária (1987) pela Som e Louvores, Paz e alegria (1988) novamente pela Louvores do coração e Porque sofrer (1989) novamente pela Djanir.
Durante toda década de 80 foi sucesso absoluto ao lado do marido que em 1986 desenvolveram um projeto em dupla o que seria uma edição especial paralela a carreira solo dos dois, mas por causa do estrondoso sucesso o LP Deus esta aqui alcançou as rádios de todo país com canções novamente retrabalhadas algumas inéditas e outras dos álbuns anteriores dele, as canções em destaque foram Venha para cristo, Estranha jornada e Renúncia, chegando até ir em programas de tv na época com tamanho sucesso alcançado, devido a isso eles então deram sequencia anual de lançamento em duplas alem de suas carreira solo e no caso dela também junto ao quarteto de irmãs (essas por ultimo resolveram encerrar o ministério pois a Eula ja sobrecarregada com tanta atividade, nao queria mais gravar com as irmãs e assim no final de 88 terminava ali em 10 anos um lindo quarteto).
Fecharam com chave de ouro a década passada e ja para o começo do ano de 90 ela coloca no mercado um novo disco e ultimo pela Djanir: Passatempo, um disco diferente de todos, mais arrojado com mais versões, nele ela muda a roupagem das musicas e principalmente o seu visual, com cabelos repicados, batom, sorriso diferente, começava a fase de mudança levemente a transição do pop para o pentecostal, no mesmo ano é lançada a coletânea Seleção de ouro com o melhor de sua carreira até então, também foi feita novos arranjos retrabalhando as canções e incluindo duas inédita no disco, que foi lançado por uma distribuidora na época a Louvor Celeste pois nessa época eles já não recebiam mais convites de gravadoras que muitas já começavam a enfraquecer no mercado, portanto tanto esse disco, assim como o LP Internacional da dupla e o álbum coletânea Seleção de ouro do Jorge forma igualmente lançados por essa distribuidora de pequeno porte.
Mais tarde precisamente na virada de 90 pra 91 é inaugurada a gravadora independente dela com o marido chamada de Nova geração, que comprou os direitos de relançar os 3 álbuns da Louvor celeste por eles, feito isso, Eula ainda precisaria lançar o ultimo álbum na Louvores do coração pra enfim começar os trabalhos independentes, e assim concluindo o ultimo disco é lançado em 1991: Não chores mais, disco que teve pouca promoção, tiragem unica, nessa época a gravadora ja estava em crise por questão de má gerencia familiar, um material difícil de se encontrar, mesmo tendo sido relançado em 2006 no formato CD. Ele seria uma ''evolução'' do que foi o álbum anterior Passatempo, bem mais pop tendo sido gravado no estúdio católico de nível alto. Ao mesmo tempo ela se dedicava com o marido a gravar diversos álbuns em dupla durante a década de 90, cuidando também do trabalho da Turma do Barulho (Elen, Suelen, Daniela e Jorginho) seus filhos, compondo e fazendo arranjos pra eles, pois desde 89 que gravaram o primeiro LP Vamos louvar a Jeová não pararam mais, fazendo viagens, sendo sucesso em rádios e programas de tv's. Nessa época de 91 até 93, ela se concentrou mais em fazer turnês internacionais junto de Jorge Araújo e por la fizeram dois discos em espanhol cada um carreira solo, maioria das canções foram regravadas com os arranjos originais dos artistas americanos.
Voltando a Brasil no ano de 94, ela faz um balanço de sua carreira e toma uma decisão, era hora de vir com um novo disco diferente de tudo que havia feito, a ingressão para o pentecostal 100%, nessa fase tanto ele como ela ja não contavam mais todos os lançamentos como volume único, e voltaram a contar separadamente, assim ja vindo intitulado na capa do seguinte disco A mão de Jeová vol.12, o que sempre foi o correto, sobre o disco, teve uma ótima aceitação, claro ganhou os adeptos da musica pentecostal e desagradou os antigos fãs, as canções borbulharam nas rádios como a faixa título, Rema, Atire a primeira pedra, Sou eu, Quero prestar-te culto, Amor e justiça e Aba pai.
Nos anos seguinte com os lançamentos de Passaporte pra felicidade (1995), Barro e oleiro (1996) e Volume 15 (1998), com tantas viagens, dedicação aos filhos e com a carreira deles, a carreira em dupla com o marido, a manutenção da gravadora independente deles, tudo isso em duas década de quase 20 anos pareciam que faziam o corpo dela pediam um longo tempo pra tudo, e foi o que ela fez finalizou os trabalhos também em dupla e assim eles ficaram afastados do meio gospel até seu retorno em 2002 pra lançar o que poderia ser decifrado como uma comemoração em 20 anos de sucesso do Rosa vermelha, a canção que realmente a levar a ser conhecida nacionalmente, como ultimo álbum solo de carreira, o que não correspondeu muito as expectativas para esse lançamento, afinal eram outros tempos e a mídia parecia ter esquecido quem era Eula Paula.
Novamente afasta e cuidando da sua familia longe dos holofotes da mídia e das cantorias, ela resolve voltar a cantar mas apenas em dupla com o marido, lançando assim 5 discos de regravações com novos arranjos desde 2010 até 2012 - Volume 31 (2010), Clássicos anos 70/80 (2010), Clássicos anos 70/80 somente ele na capa, mas ela canta todas as canções juntos, Clássicos anos 70/80 (2012) vol.3 e Clássicos anos 70/80 (2012) vol..4, e para o ano seguinte foi laçando 3 coletãneas da dupla, além da coletânea dela em solo o que serviria pra comemorar os 30 anos de Rosa vermelha (atrasado rs).
Eula hoje ainda é esposa, mãe e hoje é avó também, muito dedicada, zelosa com a familia, amigos, com a nora e genros, segue firme no seu chamado, percorrendo o Brasil cantando os classicos com o marido de norte a sul, leste e oeste e ainda sim ela se juntou as irmãs pra uma reunião que foi aprovada pra entrarem em estudio e gravarem um novo disco que saira em breve.

1980 - Amor infinito
1982 - Rosa vermelha
1984 - Amor sinto em mim
1986 - Gólgota
1987 - O ultimo culto
1987 - Visão missionária
1988 - Paz e alegria
1989 - Porque sofrer
1990 - Passatempo
1990 - Seleção de ouro
1991 - Não chores mais
1992 - Amor siento en mi - com afeto
1994 - A mão de Jeová
1995 - Passaporte pra felicidade
1996 - O barro e o oleiro
1998 - Volume 15
2002 - Pra glória do senhor
2012 - Coletânea Eula Paula

4 comentários:

  1. Faltou citar o melhor álbum do quarteto: O espaço é infinito.

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  2. Faltou citar o melhor álbum do quarteto: O espaço é infinito.

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  3. Marcou muito o hino gólgota simples profundo inspirado por Deus

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  4. Pq não falaram da melhor canção que ela canta, El Shaddai

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